quinta-feira, 12 de julho de 2012

Maria, a empregada


                                                                   Ítalo Henrique Costa Pereira - 9° "A" PCC

        Certo dia, em meio a minha necessidade de trabalhar, arrumei em emprego de doméstica, na casa dos Williams, uma família rica, poderosa e que investia muito na bolsa de valores. Enquanto trabalhava na casa, vira que muitos amigos visitavam a família sempre com o mesmo diálogo: 
        - Vamos investir nisso, Naquilo...
        - Compre aquilo...
       Ou seja, amigos de interesse. Já se passara um mês que trabalhava lá, a riqueza era ainda maior. Quando a sorte virou para aquela família.
        Em 24 de Julho, o senhor William’s estava apavorado, ligando para todas as pessoas, fui lá, perguntei o que era, ele respodeu:
      – Perdi tudo, Maria, a bolsa de valores caiu.
      Eles enlouqueceram, perderam bilhões de dollars, tiveram que vender casas, carros e jóias. Um dia me chamaram e falaram em tom triste:
      - Maria, venha aqui, você sabe o que estamos passando, teremos que despedi-la.
       Aceitei e fui para casa, fiquei sem emprego, sempre vira noticiários na TV sobre eles, um deles falava que haviam perdido a casa.
       - Um dia, cara leitor, já pobre, morando no viaduto, sem comida, fui a uma grande festa para mostrar o novo dono da minha ex-empresa, a "WILLIAM’S". Não me deixaram entrar, não porque eu não merecesse, mas porque não me viram. Então falei  em alto e bom tom:
      - Vocês não se lembram de mim?
      - Não sabem que eu sou?
      Ninguém respondeu, senti-me invisível, nem eu mesmo me ouvia. Recordei-me, eu antes de tudo, era rico, poderoso e conhecido, hoje sou um mendigo, sem casa, comida e, o pior de tudo, invisível.

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