segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eu queria ter uma bola ...


Italo Henrique "PCC" 9° A.
Em meios ao século XXI, a escola, de interior, pobre, e sem renda, resolve perguntar aos seus alunos, que geralmente iam a escola para comer, o que eles mais gostariam de ganhar naquele momento.
Após várias caras pensativas, e a ocorrência de breves compartilhamento de sonhos incertos, e não realizados, surgiram palavras: 
     - Eu quero ter um carro tia, daqueles "grandões";
     - Tia, eu gostaria de ter uma casa, com piscina;
     - Eu quero ter um prédio, tia;
Em meio a imensidão de sonhos, uma voz "trancada" soa no fim da sala:
     - E eu, queria ter uma bola, tia.
Inexplicavelmente, a professora entendeu a breve vida do garoto, se sentiu um buraco, trancado há 7 chaves, e enterrado no silêncio mortal; Ela refletiu olhando para aqueles olhos pretos, e sonhadores, achou um diamante, lapidado pela humildade, e perdido na esperança.

Maped Tesouras...



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Iniciação Científica


O texto que segue foi divulgado pela FEBRACE: feira brasileira de ciência e engenharia:


Ilustração
Confira algumas dicas para ajudar você a se dar melhor nas mais diversas situações e, principalmente, na hora de desenvolver e apresentar seu projeto.

Dicas de Comunicação Oral e Corporal

Sua fala transmite sua imagem - seus valores, crenças, ideologias, personalidade; seu conhecimento, sua formação, sua organização e sua criatividade. O modo como você fala determina sua credibilidade diante do seu ouvinte.
Leia abaixo algumas dicas para melhorar sua linguagem, tanto a oral como a corporal, que podem inspirar você a apresentar melhor seu projeto.

-           Linguagem e Autoconfiança
1)         Organize seu discurso. O ouvinte precisa entender com facilidade a lógica da sua argumentação. Evite rodeios. Dose as ênfases. Não seja repetitivo.
2)         Sua apresentação deve ser relevante, simples e ir direto ao que interessa. Confie em si mesmo e os outros também vão acreditar em você.
3)         Evite falar apressadamente - essa é a tendência natural de uma pessoa ansiosa.
4)         Para inspirar confiança, você deve ser confiante, ter convicção, energia e entusiasmo.
5)         Recursos visuais podem ser inteligentemente explorados nas suas exposições -gráficos, tabelas, figuras e fotografias.
6)         Evite falar como se estivesse escrevendo. A escrita exige mais atenção. Quando estamos ouvindo, não temos como retornar para analisar a estrutura da frase.
7)         Use uma linguagem simples, direta, clara, dinâmica, persuasiva e sucinta.
8)         Estruture a sua fala em torno de três ou quatro pontos principais.
9)         Certifique-se de que as ideias principais fiquem claras para todos.
10)       Use a primeira e a segunda pessoa (eu e você) e coloque os verbos na voz ativa.
11)       Uma autoimagem positiva é essencial para fazer boas apresentações. Tenha pensamentos positivos em relação à apresentação. Visualize o sucesso.
12)       Procure ter domínio no assunto e escolher as informações com técnica e método.
13)       Mantenha o foco nas necessidades de informação do ouvinte.
14)       Evite frases e expressões feitas, assim como o gerundismo. Cuide da boa pronúncia das palavras.
15)       Lembre-se que a inovação é fundamental. "A mesma coisa" todos os outros poderão dizer. Crie formas diferentes de apresentar o seu projeto.
16)       Não tema o silêncio: ele é útil para organizar ideias.
17)       Procure colher o máximo de informações durante a conversa.
18)       Faça as pessoas perceberem que você entende os sentimentos delas.
19)       Quando for fazer perguntas, seja direto. Use perguntas que façam com que o ouvinte se sinta à vontade. Com o corpo, dê sinais de que está atento, como aprovar com a cabeça.
20)       Faça afirmações que estimulem seu interlocutor a formular observações construtivas.
21)       Ouça atentamente as observações passíveis de dúvidas e procure resolvê-las o quanto antes.
22)       Atenda prontamente as solicitações. Se não for possível fazê-lo no ato, explique o porquê e defina quando será possível atender ao cliente.
23)       Em caso de ouvintes de outras nacionalidades, convém estudar a cultura do país.
24)       Enumere seus argumentos ao final de uma apresentação.

5 Dicas para um Jovem Cientista
Para o jovem que está realizando um projeto, ou mesmo para aqueles que tem vontade de realizar, mas não sabe por onde começar, inspirem-se nessas 5 dicas da Profª Drª Roseli de Deus Lopes que podem ser muito úteis.
1) Uma parte importante da atividade do cientista é saber observar e identificar os problemas e necessidades. Um bom cientista deve estar atento à realidade que o cerca.
2) Nenhum pesquisador trabalha inteiramente sozinho, e nenhum aprende sozinho a pesquisar. A ajuda de colegas e a orientação de alguém mais experiente são fundamentais para a pesquisa e a formação do pesquisador.
3) Os cientistas também enfrentam dificuldades financeiras. Porém, em algumas situações, quando você não possui ou não pode adquirir todos os materiais para conduzir a pesquisa, tente procurar materiais alternativos que possam substituí-los. Essa solução pode ser inovadora.
4) O interesse pelo tema escolhido é importante. Tente usar a sua experiência e a criatividade não apenas na realização do trabalho de pesquisa, mas também na escolha do que pesquisar.
5) Não desanime se ao desenvolver seu projeto você chegar à conclusão de que a hipótese que você formulou não é válida. Mostrar que uma hipótese não é válida, ou que uma determinada estratégia não serve para validar ou não uma hipótese, é também um resultado importante.

Dicas de um Jovem Cientista para Jovens Cientistas

Dicas do jovem cientista Eraldo Souza dos Santos, finalista da FEBRACE 7 com o projeto "Alice transviada?: a ciência e a epistemologia diante do aforismo do Gato Cheshire", para todos os jovens cientistas que pretendem iniciar um projeto.
1) Sempre utilize a norma culta da língua, tanto nas partes escritas do trabalho, quanto na exposição oral. No primeiro caso, uma boa solução é pedir para alguém ler o texto e apontar os erros que encontrar (seu orientador, um professor de Português, um amigo, etc.). No segundo, é interessante treinar a apresentação oral, principalmente porque, em geral, não falamos formalmente. Lembre-se de evitar erros gramaticais (como colocação pronominal e concordância), gírias e erros na pronúncia das palavras.
2) Tente ser claro e objetivo ao máximo no seu trabalho, assim como na exposição. Mostre os principais pontos e encaminhe seus pensamentos em uma linha reta, para que se possa entender como o percurso desembocou no resultado.
3) O pôster também precisa ser claro, objetivo e sintético. Não há necessidade de apresentar todos os pontos do trabalho, mas os principais. Muito texto dificulta a leitura (e também o pensamento). Atente também para questões de design - cores, tamanho da fonte, contraste com o fundo. O pôster é como a fachada do estande.
4) Existem regras para composição de uma monografia, que ditam as partes que ela deve conter e como deve ser sua formatação. Tudo isso é ditado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Desobedecer a essas regras é o erro mais recorrente nos trabalhos. Existem muitos tutoriais na Internet que ensinam essas regras e que podem te ajudar, como esse: http://www.universia.com.br/materia/img/tutoriais/monografias/01.jsp
5) O registro no diário de bordo deve ser o mais completo possível. Diários com muitas fotos e registros em vídeo causam uma impressão muito boa nos avaliadores.
6) Cuidado no uso do método científico. Muitos trabalhos usam opiniões como se fossem saber científico ou manipulam e interpretam dados de maneira inadequada ou, muitas vezes, preconceituosa. Busque livros sobre o método. Muitas vezes queremos aprender ciência sem nos virarmos para estudar a própria ciência. São bons livros, de leitura fácil: Convite à filosofia (M. Chauí), Filosofando (Aranha) e Como fazer uma tese (U. Eco).
7) Estude a história da Ciência, para entender qual é o papel do fazer científico na nossa sociedade e nas que nos precederam, e, também, compreender melhor em que ponto dessa história seu trabalho se insere.
8) A maioria dos avaliadores exige que o estudante conheça os estudos e os projetos que possuem o mesmo tema e/ou a mesma abordagem que o dele. Por isso, é importante ler os livros clássicos sobre o assunto que está sendo estudado, assim como os recentes estudos sobre o tema, que podem ser encontrados em revistas científicas. Pesquise e também peça ajuda ao seu orientador nesse sentido.
9) Trabalhos precisam de uma justificativa. E no mundo em que vivemos uma das justificativas consideradas mais dignas é o auxílio aos projetos que buscam construir uma sociedade mais igualitária e ecologicamente correta. A própria FEBRACE apóia os Objetivos do milênio. Pense nisso ao montar seu projeto.
10) Seu trabalho não pode ficar na gaveta, deve ser divulgado. É possível que alguém na feira peça seu relatório para poder ler depois, e é desagradável recusar porque você teme que "roubem suas idéias". Busque publicar em revistas científicas seus resultados e registrar seu trabalho na biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Isso te protegerá do plágio. Também procure patentear seu trabalho, quando for o caso.
11) Busque mostrar como seu trabalho se diferencia dos demais, ou seja, aponte em que sentido ele é criativo e inovador. Também deixe bem claro quais são as contribuições dele para o conjunto da ciência e para a continuação dos estudos na área.
12) Busque também planejar estratégias de prosseguimento para seu trabalho. Sua pesquisa não terminará na apresentação da FEBRACE. O que você pretende fazer depois que seu projeto for apresentado, criticado e elogiado? O que falta fazer no seu projeto para ele ficar mais completo? Quais são seus planos para o futuro? Exponha isso para os avaliadores e visitantes.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Enfaro

 Catharina Lima, PCC - 9°B
          Estava sentada na mesa da cantina com as minhas amigas, quando começo a observar a menina da mesa ao lado.
         Ela me chamava a atenção de uma forma diferente. Tinha o olhar triste, acho que há tempos não sorria de verdade. Estava só na mesa mexendo em seu celular. Achei que ela não queria ser incomodada.
          No dia seguinte, voltei a observá-la, procurando entender o motivo de tanta tristeza. Ela era linda e tinha tudo o que queria. Percebi que tinha dificuldade para fazer amizades, timidez talvez.
          Tentei me aproximar, mas ela foi grossa. Devia estar de cabeça quente. Tentei uma segunda vez e vi que com ela só funcionava na base do grito. Puxei-a para dentro do banheiro e disse que eu só queria conversar e tentar, ao menos, ajudá-la. Ela disse que em outro momento conversaríamos e foi embora.
           Fernanda era o nome da tal garota. Ela passou mais de uma semana sem ir ao colégio, mas, pediu que a mãe me entregasse um bilhete dizendo: "Minha vida é um enfaro. Obrigada por tentar me ajudar, mas não preciso de ajuda nenhuma, na verdade você não iria me entender, adeus, Cath!"
           A mãe dela, ainda chocada, informou-me que ela havia se drogado até a morte.